sábado, 2 de janeiro de 2010

Olhava pela janela gigante. As lágrimas das nuvens caíam levemente sobre as árvores nuas e sobre as pétalas sem cor.
Atrás dela estava sentada a uma mesa oval um corpo de alma em destruição, que perguntou: - mataste-a não foi?
Virou-se e cravou as unhas ainda ensanguentadas na toalha branca de linho nojenta. Olhando-a através do gelo. Estaria uma lágrima tímida a cair?
A outra, de olhar triste mas confiante, ajeitou o jarro de rosas negras, endireitou a suave toalha de linho, posou as mãos no colo e fitou-a. Aquele corpo sem alma chorava agora. Olhou para baixo: - Tinha de ser.
A outra levantou-se devagar, dirigiu-se a ela, limpou-lhe uma lágrima, beijou-lhe suavemente a testa... : - obrigada. até um dia.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Deixa-me um Chocolate... deixas ?